À Margem do Amazonas

porque ninguém queria compreender que eles, os índios, apesar de bárbaros, defendiam desesperadamente as suas leis, as suas famílias, as suas tradições e as terras onde nasceram.

E foi assim, de um modo tão inesperado, tão simples e tão humano - e todavia posto em dúvida pelos sépticos — que, na expressão de Roquette Pinto "foi encontrada uma civilização fóssil no coração da América do Sul".

Não alcançou as suas tabas, na era colonial, a palavra dos Missionários, que por todo o vale do Amazonas, desde o Javary ao Waupés, e às margens de vários cursos d'água, nos limites da primitiva Capitania, tanto concorreu para a reabilitação, o progresso moral e material e a liberdade de inúmeros silvícolas.

Quase todas as tribos marginais viram esses vultos de abnegados, sentiram a bondade que deles se irradiava, gozaram, depois, os proveitos da catequese que os livrou, por muitos anos, do extermínio e da escravidão.

No rio Madeira aparece o vulto de Frei João de Sampaio, peregrinando pacientemente entre selvagens, combatido pelos Muras temíveis que afinal conseguiram expulsá-lo dessa