À Margem do Amazonas

na resistência das suas rochas e na grande quantidade dos seus minérios.

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A maioria dos escritores da Amazônia pretende explicar o abandono em que se encontra a mineralogia do vale, pela sua constituição sedimentária. E depois da frase de Euclides da Cunha, "a Amazônia é talvez a terra mais nova do mundo" a convicção da sua pobreza em minérios se foi acentuando de tal forma que se viram afastadas todas as probabilidades de insistência sobre o assunto.

Mas a verdade é que na Amazônia o homem foi sempre desviado para a floresta, apenas se preoccupou com a floresta, tal como os próprios aborígenes, dela e para ela vivendo, derrubando e aparelhando as madeiras, tirando folhas e raízes para usos diversos, vivendo continuadamente dentro dela que tudo lhe dava:o remédio, o alimento, a casa, o dinheiro.

A selva prendeu-o continuamente, absorveu-lhe todo o esforço, seduziu-o desde que a conheceu e desde que começou a recolher as suas dádivas magníficas.