À Margem do Amazonas

de Almada, os mais ardentes sonhadores da grandeza do Amazonas.

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Desde os alcantis graníticos de Cucuhy (aonde, aliás, — dizem os velhos habitantes do rio — nunca foram os desterrados de Floriano Peixoto) às formosas colinas do Lugar da Barra — a esplendente Manaus contemporânea — a sua gleba sentiu o passado inquieto dos primeiros povoadores. Soldados, missionários, degredados, aventureiros de todas as nações, perlustraram o rio escuro, internaram-se pelos afluentes, palmilharam serras, planaltos e várzeas, mataram ou catequizaram selvagens, atravessaram florestas, perderam-se nas brenhas ignotas da Colômbia e da Venezuela.

A imaginação de toda essa plêiade de violadores deveria estar cheia de miragens fabulosas, de visões inauditas, de intolerável impaciência, — de tudo o que ouvira nas longas viagens, ora no Atlântico a bordo dos veleiros antigos, ora nas próprias águas do Amazonas.

Vinham todos tomados de um prévio deslumbramento que logo os entontecia ao verem