À Margem do Amazonas

Francisco Pizarro jamais o soube, e até morrer, em Cuzco (assassinado pelos partidários de Almagro) perguntava a si mesmo que rumo teria escolhido esse povo na imensa planície ?

Os historiadores antigos e contemporâneos perdem-se em largas conjecturas, porém quase todos admitem uma hipótese que se firma na topografia da região, nas lendas dos silvícolas, em tradições que ficaram como contínuas advertências enchendo todo o vale amazônico, de norte a sul e de leste a oeste.

Brion, D'Anville, o Padre Gomilia, muitos outros, afirmam que eles atravessaram o Rio Negro, penetraram no vale do Rio Branco, nos limites setentrionais da Amazônia, e fixaram-se no Lago Parimé, que os índios chamaram sempre Lago Dourado.

Nicolau Horstman sai da sua pátria, vem ao Brasil, sobe o Amazonas, visita o lago célebre, que descreve em suas notas de viagem. Mas deixa entrever que se enganou no roteiro que lhe tinham dado.

Roberto Schambnogle, em 1837, entra no Tacutú, afluente do Rio Branco, e vê o lago