descomunal, em cujas margens — afirma com indiscutível circunspecção — encontrou vestígios de uma cidade suntuosa.
Felippe Uten parte de Venezuela, e com 130 homens sob seu comando, procura descobrir o El Dorado do qual lhe falara Pedro Simpias: — uma grande cidade fundada no Rio Parimé, afluente também do Rio Branco, pela gente que fugira de Quito.
Uten perdeu-se nos contrafortes da Roraima e voltou tempos depois à Venezuela, desiludido e doente.
Apesar das expedições e dos fracassos, muitos outros foram em busca do Lago Dourado.
No Atlas de François, na carta geográfica de Brion, no mapa traçado pelo Padre Gomilla, encontra-se desenhado vivamente e sedutoramente o Lago misterioso, que de certo permanece nesse encantador recanto do Amazonas, perdido talvez entre os verdes campos-gerais, ou em algum pendor de serra, ou na floresta inviolada, à espera do homem demasiadamente afortunado que possa mergulhar as mãos nas suas águas sagradas e delas retirar o ouro e os diamantes que os Incas lá deixaram.