À Margem do Amazonas

Tornou-se notável, afamada, procurada. Saiu da humildade dos paneiros caboclos e dos aturás indígenas para o bojo de aço dos transatlânticos, medida, lavada, esfregada, classificada principescamente nas tarifas alfandegárias e nas grandes transações comerciais.

Alcançou de súbito um glorioso fastígio. As cotações elevavam-se em cada safra, surpreendendo as praças e os habitantes do vale.

Por fim, os seus preços tomaram proporções inesperadas, absurdas, incríveis. Em 1830 o alqueire custava 240 reis; em 1860, 2.900; em 1873, 5$000; em 1928, 145$000 o hectolitro! Em 1924 o valor oficial de exportação era de dezesete mil contos de réis!

Tem-se mantido assim,mais ou menos.

Por toda a Amazônia, desde as serranias do Rio Negro aos altiplanos do Acre, do Madeira, do Solimões, do Trombetas, de todos os rios e de todas as regiões da Hylea — passou freneticamente, uma larga rajada de fascinação e de avidez.

A grandiosa mirtácea tomou, nessa fase de estupendo sucesso, aspectos de árvore redentora