As pequenas indústrias resurgiram vivamente, o comércio, a lavoura e a pecuária reviveram desafogadas, os cabarés e as casas de jogo reapareceram por toda parte — e uma grande alegria perpassava pela fascinante cidade. E como a guerra (mesmo sem ser um mal necessário, e sem ser também a "maior Higienizadora de povos" como proclama o insuperável cabotinismo de Marinetti) traz sempre um proveito — um homem que ganhou cinquenta contos num cabaré, perguntava, com o humorismo digno de Shaw, que mal tinha feito o Amazonas ao Sr. Afranio de Mello Franco!
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Nesse cenário selvagem, mesmo defronte dessa pobre Letícia peruana, ergue-se outro mísero lugarejo, esquecido, abandonado, ignoto, que o sargento-mor Domingos Franco, em 1776, fundara com o nome um pouco poético de São Francisco Xavier de Tabatinga, nele instalando um Posto Fiscal para conter a corrente contrabandista, construindo mais tarde, por ordem do Governador Athayde Teive, um Forte para substituir o do alto Javary na fronteira com o Peru.