Desde esse tempo, Tabatinga tem cumprido a sua monótona missão de sentinela inócua, defendendo, num grotesco eufemismo militar, explorado pela literatura em torrentes de sarcasmo — essa zona fronteiriça.
Não tem história, não tem feitos de espécie alguma, não tem vida, não tem incidentes, não tem nada, a não ser (felizmente numa época longínqua) dois casos melancólicos.
O primeiro refere-se à prisão do seu próprio comandante, um certo Major Eusebio Antonio Ribeiro, que se recusou a entregar essa Praça de Guerra à gente espanhola.
O segundo é muito mais edificante. Passa-se em 1836, isto é, sessenta anos depois da sua instalação. É um ofício do seu comandante à Câmara de Manaus nos termos seguintes, conservada a respectiva ortografia:
"Recebi o Officio de V. Sa. datado de 23 de Setembro último e juntamente a Acta do dia antes da reumão do Concelho estraordinario assignada pelas Auctoridades e Cidadões para deliberarem sobre a defesa e segurança dessa Villa e Camara e fico sciente da deliberação do Concelho.