iludiu facilmente o seringueiro ignorante e o governo enfatuado — e levou para a Inglaterra e de lá para as suas possessões do Oriente, para Ceilão, para Malacca, para Singapura, toneladas e toneladas de sementes, que plantou e replantou com desvelos excepcionais.
As primeiras notícias dessas plantações, dessas árvores crescendo em terras estrangeiras, cuidadas por mãos habilíssimas de técnicos de fitólogos especializados, de cientistas, desenvolvendo-se sob carinhos que nunca tiveram, adubadas, esfregadas, desinfetadas, como relíquias, fizeram sorrir os entendidos, os sabe-tudo e os bairristas ingênuos da Amazônia.
A plantação da Hévea Brasiliensis no solo do Oriente foi motivo durante bastante tempo para excelentes ironias de literatos e exibições de sabedoria de comerciantes.
Jamais essa Hévea, nascida, criada, multiplicada no húmus especial daquela região, em condições climatéricas próprias, nativa, secular, silvestre, intrinsecamente brasileira do setentrião, poderia viver em terras diferentes!
Os anos passaram, imperceptíveis.