À Margem do Amazonas

sedimentos, de detritos orgânicos, de sais, iriam depositar todo esse adubo providencial nas terras menos elevadas banhadas pela torrente.

Outros ainda, mais teóricos, explicam o fato condicionando-o ao sistema de povoamento.

É sabido que durante três séculos, pelo menos, os desbravadores da Amazônia se localizaram nos cursos inferiores dos rios, limitando aí as suas explorações, raramente avançando para os manadeiros. Ignorantes, ambiciosos, adventícios, na maioria das vezes, extraiam sofregamente tudo o que de útil lhes podia dar a floresta.

Os velhos cronistas amazônicos referem-se a essa gente que invadia o baixo Amazonas, o Nhamundá, o Madeira, o Solimões, em busca, não só do índio para vender como escravo, como também da baunilha, do cacau, do anil, do cravo, da canela, de várias plantas aromáticas e medicinais, que eram exportadas para Portugal em contínuos carregamentos.

Essa extração durou dezenas de anos, e só depois de muito tempo, à proporção que iam