À Margem do Amazonas

sob as formas terríveis da terçã malígna e da biliosa-hemoglobinúrica.

Resistiram ainda por algum tempo os heroicos colonizadores. Mas as condições de existência tornaram-se cada vez mais insustentáveis, e por fim, a grande maioria, aniquilada, perseguida pelo implacável flagelo, empobrecida, derrotada, sucumbiu à epidemia.

Os restantes — infelizes remanescentes dessa obscura tragédia — fugiram para bem longe do funesto lugarejo.

Hoje apenas se distingue à margem do rio, alguns esteios aprumados, o cemitério perdido no matagal — últimos vestígios do povoado, que a capoeira vai piedosamente ocultando aos olhos dos viajantes.

Mais adiante, em Sororoca, observa-se a mesma tendência para a ruína, o mesmo desânimo entre os habitantes. Foi próspera; hoje possui cinco ou seis casas, e não há ali uma só criatura que não tenha sido martirizada pelo impaludismo. E certamente, se não fosse o tabuleiro dos deliciosos chelonios, nas proximidades, já todos teriam abandonado o fúnebre vilarejo.