À Margem do Amazonas

Já o imortal sanitarista patrício, que foi Oswaldo Cruz, havia dito no seu célebre relatório sobre a endemia palustre no Amazonas, em 1913, que outros lugares tão castigados pelo impaludismo como o Estado do extremo norte, foram definitivamente saneados.

Estudando com admirável proficiência o problema aparentemente insolúvel, reduzindo-o, pela poderosa visão de sábio, à verdadeira proporção, o grande cientista, para quem os impecilhos eram apenas mais fortes estímulos — indicou os meios de combate para inutilizar a ação mortífera das endemias palustres, com o desassombro e a segurança de um homem habituado ao triunfo.

Vinte e três anos passaram sobre o Relatório do grande mestre. A Alemanha, a França, a Itália, traduziram-no como rara relíquia que, cedo ou tarde, seria um guia precioso pelos seus magistrais ensinamentos.

O Brasil deixou-o nos arquivos de algum Ministério. O Amazonas continua apavorando e devorando os próprios filhos.