À Margem do Amazonas

dos hóspedes, pelos menos enquanto permanecem na terra que os hospeda. Demais, nós os recebemos com tantos afagos, tanta efusão, tão desabrida cordialidade, que por isso os obrigamos a elogios excessivos.

Todavia, sem os louvores dos dois grandes homens e sem a admiração frequente de outros homens menores — Manaus tem o encanto e o aspecto das cidades modernas, e embora pequena, possui esse traço de distinção e jovialidade que só se encontra nos grandes meios.

O seu progresso foi rápido, esplêndido, imprevisto. Com oitenta a cem mil habitantes, ostenta instituições veneráveis, como o Palácio da Justiça, o Museu de Numismática, o Teatro Amazonas, o Instituto Geográfico e Histórico, o Ginásio, a Biblioteca Pública, a Academia de Letras, a Universidade.

Possui obras de arte notáveis como o monumento comemorativo da abertura dos portos do Rio Amazonas ao comércio mundial, as estatuas de Tenreiro Aranha, primeiro presidente da Província, de Sant'Anna Nery, literato e cientista, com profundos estudos sobre o