À Margem do Amazonas

boca flácida um sorriso de demente. Era o

velho Tucháua.

A sua maloca tinha um aspecto repugnante, nauseabundo. Nas redes esticadas nesse único aposento, mulheres quase nuas, feias, disformes, amamentavam filhos pequeninos. Outras crianças rolavam no solo cheio de detritos. Não se podia imaginar um serralho mais torpe.

Pelas paredes de palha, enfiadas, se viam algumas flechas de caça e pesca, arcos de vários tamanhos, molhos de tucum em fiapos, um tipity, penas coloridas, aturás, paneiros, coisas informes. A um canto estava um cocho de itaúba, que de certo serviria para o caxiri ou a caiçuma nos dias de festa.

Junto ao esteio central, de onde partiam todas as redes, um pobre cão amarelo, encolhido, submisso, abria para nós os grandes olhos amedrontados.

Era isso uma taba dos Muras! Os índios terríveis que impunham condições nos antigos Tratados de Paz! Os índios que nem os missionários conseguiram amansar; que atacavam aldeias, tabas e cidades como feras implacáveis;