À Margem do Amazonas

Dois homens seminus vieram ao nosso encontro. Eram dois mamelucos legítimos, frios, inermes, que nos fitavam aparvalhados, fascinados pela embarcação abicada no barranco e lançando jatos de vapor.

Uma decepção cruel e uma horrível surpresa!

Aquele lugar, aquele rancho em lastimável estado, à orla do mato, aquela habitação quase fúnebre, era apenas um exílio voluntário de morfético, — o velho Jeronymo, ulcerado, horrendo, monstruoso, que preferira esconder a sua desgraça, naquele deserto, ao repúdio de toda gente.

O filho que o seguira numa dedicação comovedora, começava também a apresentar os primeiros sintomas da moléstia.

E após tantos dias de solidão, de tristeza, de tédio, — esbarravamos naquele trágico leprosário!