que nos levava pelo Tupana, informava que durante três dias de viagem não veríamos uma casa, nenhum ser humano, nenhum vestígio de vida.
Três dias de viagem entre florestas! Sempre mato, sempre água.
Ao fim desse terceiro dia iríamos encontrar em um trecho de terra denominado Castanhal — duas casinhas de palha onde moravam os Jeronymos, pai e filho, dois caboclos que viviam com duas índias Muras, e tão brutos, tão pobres, tão rudes como os próprios índios da foz do Tupana.
E depois desse triste Castanhal, iríamos, rio acima, até a Terra Vermelha, desabitada, onde começavam, então, os grandes castanhais, onde se encontravam cedros gigantescos, copaibeiras, cumaruzeiros, — uma riqueza enorme, sem dono, abandonada naquele fim de Mundo.
Chegamos, enfim, ao Castanhal — às duas palhoças erguidas sobre um alto barranco vermelho.