tal modo e tão seguramente que se confundirão numa perpétua solidariedade.
A terra é o homem, ou antes, o homem é um reflexo da terra, disse Taine — e tem sido difícil, através dos tempos, destruir esse postulado do grande pensador.
O gaúcho desdobra a sua individualidade na vastidão dos pampas, e é livre, arrojado, sóbrio, cavalheiresco, porque só assim pode viver no deserto que o circunda, que o enrija, que o encanta sempre durante toda a existência. O habitante do meio-norte, mais complexo, porque é complexo o meio em que vive, tem a rispidez das caatingas, a indolência das praias, a energia seca do sertão. O mineiro possui a firmeza, a gravidade, a estabilidade, copiadas das montanhas que o cerca. O homem do Amazonas; o homem que a mesopotâmia amazônica modelou à sua semelhança — tem um pouco de tudo, porque os campos, as várzeas, os rios, a solidão, adaptaram-no a tudo numa gleba tumultuária.
No vale desconhecido hipertrofiaram-se todos os seus atributos; e ele é apenas um elemento representativo da própria terra, de uma terra cheia de imprevistos, que oferece, com as