biotípicas e psíquicas) contribui hoje com uma percentagem quase desapercebida na grande sub-raça amazônica.

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A característica primordial do caboclo amazonense é a desambição. A vida livre, a facilidade de alimentação, uma herança secular de inércia, a própria natureza sombria, quieta, imutável, e o absoluto predomínio da mentalidade dos aborígenes, tornaram-no integralmente desprendido, simples, ingênuo, sem compreender a vida fora desse ambiente de independência e irresponsabilidade.

Como o índio, ele não pode asssimilar as ideias do branco: o trabalho, a ordem, o método, o conforto, a riqueza, a preocupação de uma existência melhor, a batalha cruel contra os seus semelhantes, a concorrência, o egoísmo — toda a furiosa escalada pela vida.

Não percebe, não compreende esse amargo sacrifício por uma vida melhor.

O seu conforto é aquilo: a floresta amiga e pródiga que lhe dá o fruto agreste, o mel cheiroso das abelhas, a sombra para a sesta, o remédio