Esse famigerado produto indústrial era a BALATA — látex providencial transformado em blocos e lâminas, com alta percentagem de guta, até então explorada unicamente em Sumatra, extraída de uma sapotácea famosa, a Isonandra-percha, que se ia extinguindo na rica ilha da Sonda, e se presumia não existir em nenhuma outra região da terra.

Asjoe proclamava, esplendente de orgulho, que na descida de Venezuela observara a abundância dessas árvores que vicejavam nas serras e nos altiplanos do Rio Negro. Viu as árvores, colheu o látex, analisou-o, submeteu-o aos processos de coagulação pelo calor e pelo sol, constatou deslumbrado que a sapotácea magnífica era idêntica à das terras venezuelanas.

Em Manaus, após as exposições e demonstrações, teve todas as homenagens, todos os afagos, todas as propostas dos homens de comércio.

A borracha atravessava nesse tempo a sua mais grave desvalorização, a sua época de triste declínio, arrastando à falência, ao desastre, à miséria, as grandes firmas da praça.