mistérios desnudados, arcanos abertos à sua curiosidade perene, incansável, desmedida.
Era assim esse homem: não tinha passado nem futuro — tinha apenas o presente, o momento, o instante, a expectativa sôfrega que o arrastava de terra em terra, sem ideal e sem destino.
Um legítimo aventureiro, na mais flagrante expressão do vocábulo.
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No dia em que Roinier Asjoe desembarcou no flutuante da "Manaus Harbour", vindo dos manadeiros do Rio Negro, talvez das ásperas regiões do Popayan colombiano, trazia a radiante notícia de uma nova riqueza espalhada fabulosamente pela gleba amazônica.
Chegara — dizia asfixiado de emoção — das terras longínquas da Venezuela, onde por esse tempo uma indústria nova agitava todo o país, alvoroçava os centros comerciais e desviava para os mais remotos recantos das florestas a gente forte e audaz.