Pode-se dizer apenas que os anos passaram lentamente sobre o feito célebre de Rondon; que uma a uma foram caindo todas as dúvidas, todas as suspeitas, todas as maledicências que o envolveram no seu início.
Hoje, o chapadão de Mato Grosso não tem mais mistérios nem terrores. Viajantes, garimpeiros, exploradores de todo gênero, cruzam o imenso maciço sem os antigos temores, sem receio dos ferozes Nhambiquaras que eram como sentinelas pavorosas daquela região.
As linhas telegráficas que Rondon foi lançando tenazmente através de florestas, rios, pântanos, serras, chavascais e campinas, funcionam regularmente; e as projetadas viagens aéreas entre o Rio e o Amazonas, cruzando o planalto, irão completar a obra civilizadora do General.
Essas duas tribos são agora o que nunca tinham sido desde o descobrimento do Brasil — são brasileiras, sabem que têm uma grande pátria e que os irmãos brancos não vão mais às suas Malocas para escravizá-los ou matá-los.
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