O Vale do Amazonas

mão resoluta no complexo do nosso sistema social, assinalam ao povo os defeitos da sua constituição, que cerceou a igualdade política dos brasileiros, distinguindo-os por sua naturalidade, e a, liberdade religiosa, concedendo a um culto privilégios contra o direito natural dos outros; — os vícios do regimen judiciário, policial militar e eleitoral, que oprimem ao pobre com as violências habituais da eleição indireta, com as cenas medonhas do recrutamento a ferro e fogo, com as prisões arbitrárias, com o serviço militar sob o nome de guarda nacional, e com a onipotência da polícia; — e o aspecto interessante da questão servil, que ninguém desconhece e que a todos preocupa. Aí está a linguagem firme e patriótica, de que usam os representantes do jornalismo brasileiro. Aí estão, finalmente, atos inequívocos do governo imperial.

Em relação ao Amazonas, já ninguém pode desconhecer que a política do uso exclusivo para os ribeirinhos nos tem acarretado verdadeiros danos:

1° impedindo o maior progresso e proveito, que podia resultar daquela região;

2º exigindo maiores despesas.

Estas despesas, depois que em 1851 se adotou firmemente a política exclusivista contrária as pretenções liberais do Peru e de outros governos, americanos e europeus, cresceram