Imagine-se com que despesa e com que fretes não se fazem tais viagens do vale do Orinoco para o do Rio Negro! Entretanto, o Rio Negro oferece navegação fluvial, e por ele deviam todos esses territórios ser tributários do comércio do Amazonas, que é o seu caminho natural.
Com efeito, o Rio Negro, um dos mais consideráveis do mundo, em cuja foz se assenta Manaus, oferece desta cidade a povoação de Santa Izabel 110 ou 130 léguas de fácil navegação, em qualquer estação do ano; apenas nos meses de setembro e novembro, durante as águas mais baixas, alguns passos rasos exigem um calado diminuto, mas ainda assim é suficiente o de três pés, que não é o menor.
Antes de Santa Isabel entra o confluente Rio Branco, cuja foz se acha a 50 léguas acima de Manaus, quase a meia distância. Esse confluente oferece 60 léguas de fácil navegação, na maior parte do ano, para vapores de pouco fundo; nas grandes vazantes admite os batelões. A cachoeira do Rio Branco, que nas águas baixas interrompe a navegação, evita-se nas enchentes por um furo, que dá boa passagem. Nove léguas adiante da cachoeira encontra-se uma correnteza, aliás pouco considerável. Mais acima, cerca de 22 léguas, fica o forte de São Joaquim, que guarnece a fronteira com a Guiana Inglesa e por onde se