ao menos de dous em dous meses, navegasse entre Manaus e São Gabriel rebocando canoas e lanchões. Dantes vapores da Companhia do Amazonas iam regularmente de Manaus até Santa Isabel, mas essa linha ficou suprimida, porque não dava lucro a empresa, visto não se ter ainda desenvolvido o comércio. Mas não é necessário ali um paquete, basta um simples rebocador.
Eis aqui agora o cálculo dos dias necessários para a mesma subida havendo um vapor:
De Manaus a Santa Izabel cerca de três dias, que era o tempo gasto pelos paquetes da referida companhia; o vapor da armada Pirajá, que apenas deitava 5 milhas, consumiu somente 80 horas de efetiva navegação para fazer a mesma viagem. De Santa Izabel a São Gabriel, apenas um dia a vapor. Aí começaria a navegação por canoas; estas atravessariam as cachoeiras de São Gabriel (que se estendem por 5 léguas, como acima disse) em 3 dias. Da última cachoeira a Maroa, ainda em canoa, são precisos cerca de 15 dias. De sorte que, estabelecido um vapor entre Manaus e São Gabriel, ainda que não vencesse ele as cachoeiras, a viagem de Manaus a Maroa (Venezuela) exigiria apenas cerca de 22 dias subindo, e apenas 10 descendo. Ora, de Manaus ao Pará há apenas 5 dias. Donde resulta que, navegando um vapor o Rio Negro, a fronteira de Venezuela e o nosso porto do Pará ficariam a distância de 15 dias descendo, ou de 27 subindo. Como as comunicações