O Vale do Amazonas

Da mesma forma paga o cacau 5% na saída a respectiva província, 3% ao município, que, com os 7% gerais, fazem 16%.

No Pará o tabaco paga um pouco mais: 16% a província, 3 ao município, e 7 gerais; total: 25%.

Uma casa de negócio situada fora das cidades, vilas e freguesias, paga: no Pará 200$000, dos quais 175$000 de imposto provincial, e 25$000 do municipal; e na do Amazonas 70$000, sendo 60$000 do primeiro, e 10$000 do segundo.

Cada canoa empregada no comércio de regatão sofre as seguintes taxas: no Pará, 175$000 de imposto provincial e 25$000 do municipal; ao todo 200$000. No Alto Amazonas, sendo o imposto provincial 100$000 e o municipal 8$000, o total das taxas é 108$000.

Tais impostos são evidentemente excessivos. Só os 8% no desembarque da borracha produzem 200:000$000 no Pará, um quarto da receita desta província, segundo o orçamento de 1864.

A taxa sobre canoas de regatão e lojas fora dos povoados merece maior reparo. O que determinou esses impostos não foi somente o zelo da moralidade e a proteção aos tapuyos, que na verdade são espoliados pelos pequenos comerciantes e pelos regatões. Estes fazem concorrência aos comerciantes estabelecidos nos povoados, que aliás não são geralmente