partem da autoridade e realizam-se em nome dela." Concluia o digno presidente asseverando que não preencheria as vagas de diretor de índios, que fossem ocorrendo. Na carta do Sr. bispo, já citada, diz o ilustre prelado: "Os melhores diretores parciais (raríssimos se contam destes) são os que negligenciam as obrigações do seu cargo e não se importam absolutamente com os índios. Os demais não se hão de chamar diretores, Sr. Ministro, senão senhores de índios, e que senhores! Não quero contristar o ânimo de V. Ex. com relatar-lhe as atrocidades, os despotismos, as injustiças clamorosas praticadas por esses funcionários em nome e sob a egide do Governo... Anda o triste do índio afugentado, oprimido, despojado, escravizado, como nos tempos da conquista, e até em certos lugares vendido meio as escondidas, como mercadoria de contrabando. Tenho testemunhado eu mesmo estes fatos e inda mal, que se explicam mui naturalmente! Não oferecem em geral os pretensos diretores garantias suficientes para cargo de tal porte. As simples honras de tenente-coronel com que os galardoa o governo, não são suficientes para decidir homens sisudos, inteligentes, de abonada reputação e probidade a renunciarem aos cômodos da civilização para irem por aqueles imensos desertos viver com índios boçais."
Muitos entendem que, abolidas as diretorias já condenadas pela experiência, não é tempo