O Vale do Amazonas

nada impede; é o seu direito: mas não construamos sobre essa catequese uma esperança vã, não a reputemos medida administrativa, nem escola profissional.

Demais, o estado do clero no Amazonas excita ardentes queixas. Que pessoal! que ignorância! que depravação! Está a instrução pública geralmente confiada aos vigários na província do Alto Amazonas; entretanto, o que é essa instrução? Pelo que observei, nada poderia depor mais contra a incúria e a incapacidade dos padres. Se isto, que não é serviço penoso, e é remunerado pelos cofres provinciais, não prospera, o que se há de esperar da catequese nas brenhas? Contemplai o áspecto dessas miseráveis palhoças, a que na maior parte das povoações do Amazonas se chamam igrejas; dias ostentam a incapacidade do clero e a ausência do sentimento religioso; se há igrejas, é preciso que as venham construir engenheiros oficiais com dinheiro dos cofres. Se a religião é assim nos centros de população cristã, o que poderá ser nos desertos, nas florestas, entre o gentio? No próprio litoral do Amazonas, nas vizinhanças das capitais, que tarefa e que seara para o clero inteligente e honesto, para essa pleiada de jovens sacerdotes que o venerável atual prelado, porventura desenganado dos padres que encontrou, procura formar no rigor da disciplina, em Roma e nos seminários do Pará e Manaus! Mas recordai-vos daquele clima