O Vale do Amazonas

onde a população é robusta, e os habites diferem um pouco dos povos pescadores que vivem nas margens baixas;

As outras montanhas, quase fronteiras, junto a cidade de Santarém, na margem oposta, na confluência do Tapajós, que igualmente se estendem por muitas léguas, onde se goza de um clima qualificado de maravilhoso por um viajante inglês, onde a cana, o algodão, o fumo, o café, são e podem ser largamente cultivados;

As vizinhanças de Obidos, onde houve já uma tentativa de colonização;

As terras do lago Saracá, onde existe Silves, e são afamadas;

As de Serpa e Manaus, ou as de Cametá no Tocantins:

São, as primeiras sobretudo, de incontestável salubridade.

A meu ver, o vale do Amazonas, particularmente a região montanhosa de Santarém (margem meridional) e a de Monte Alegre (setentrional), oferece uma vantagem particular. Os grosseiros barcos a vela, construídos de pesados madeiros, que hoje frequentam o rio, sobem do Pará a Santarém em 12 dias, e às vezes em menos. Os ventos gerais de leste sopram constantemente, e ajudam o navio até Manaus muito acima, e até Santarém o impelem perfeitamente. Descendo, os navios tem a favor a corrente e as marés. Ora Santarém fica