notória honestidade, nobre moderação e incontestável desinteresse adquiram mais vivo realce com uma política franca acerca da navegação interna.
O Império tem direito a grande influência e autoridade nos negócios deste continente. Ele as conquistará mais e mais á medida que o seu ilustrado governo revelar que, certo do apoio infalível do mundo civilizado aos governos firmemente liberais, ousa emprehender as reformas administrativas reclamadas por bem do desenvolvimento da riqueza pública, da moralidade do povo e do próprio prestígio das grandes instituições livres e parlamentares, que constituem a invejável fortuna da nossa patria.
Essa política, senhores, encerra um vasto programa pouco fascinador, é verdade, para os amigos da política palavrosa e enfática, mas sério e grave como o fim a que se encaminha. Tenho-me empenhado por fazer saliente dentre os varios capítulos desse programa o da navegação do Amazonas; e deleito-me em repetir que o faço, porque, soando a hora da morte de um grande prejuízo, os outros virão após. O primeiro impulso que derribar este pano da muralha chinesa, derrubará os outros. Quando a bandeira americana, a britânica, a francesa, a italiana, a sueca devassarem o interior do grande vale; quando isto se vir e se conhecer que daí não provém perigo nenhum, como não tem provindo de igual medida no