rio que se chama Madeira), e o curso do rio Yavary, onde principia a divisa com o Peru.
Há que traçar aí uma linha reta leste-oeste; não existem posses que a embaracem ou que exijam uma linha curva. Resta, porém, saber qual o paralelo, qual a latitude por onde deva correr essa linha, Os tratados de 1750 e 1777, celebrados pelas duas metrópoles, indicavam o rumo da meia distância entre a foz do Madeira no Amazonas e a confluência do Mamoré com o Guaporé. Os geógrafos da comissão portuguesa dos limites fixaram esse ponto médio em 7° 40', que fica abaixo da cachoeira de Santo Antonio, a primeira do rio Madeira subindo, a qual está na latitude 8° 48'. Os portugueses confundiam a confluência do Guaporé com a do Beni, que entra no Mamoré abaixo daquele, e é donde o rio começa a tomar o nome de Madeira.
Tem-se considerado inconveniente que a linha comece de um ponto inferior às cachoeiras. A pretenção do nosso governo é possuir ambas as margens do Madeira até às cachoeiras, e creio que já indicou a latitude 10° 20', acima de Santo Antonio. Como aquela donde deve partir a linha divisória. Tal tem sido a primeira dificuldade da questão de limites por esse lado: isto é, nós rejeitamos a base dos tratados antigos para alcançarmos um pedaço maior desses desertos.