O Vale do Amazonas

Objeta-se, porém, dizendo que, ainda quando quiséssemos fazer-lhe novas propostas, a Bolívia, dilacerada por uma anarquia permanente, não se acha em condições de ouví-las. Respondo: — a livre navegação é antes de tudo negócio do nosso interesse particular, porque contribuirá para o aumento do nosso comércio do Amazonas; decretemo-la, pois, sem pensar no que farão ou no que podem fazer os outros governos. Quando aparecer a oportunidade, quando firmar-se na república vizinha um governo estável, não percamos tempo, argumentemos com a generosidade manifestada praticamente nas concessões feitas a esse país, quer pela restituição dos seus limites com o Paraguai, quer pelo fato da livre navegação; e presumo que não faltará na Bolívia um governo sensato que então resolva o pleito da mútua fronteira (26)Nota do Autor.

O leitor far-me-á a justiça de crer que entro com decisão no exame destes assuntos, os quais tem sido apanágio da sabedoria governamental, porque é dever de todo o homem público advertir o país e procurar soluções para as suas dificuldades.