meramente higiênico, sem intenção religiosa, nem ofensa da liberdade dos cultos. É por haver deslocado a questão, que o conselho de estado as considera privativas do poder geral com acordo do eclesiástico, conforme os decretos da igreja admitidos no império. Decretos da igreja invocados hoje para regularem interesses temporais sujeitos ao governo civil de cada localidade! (70)Nota do Autor
Constituída nas províncias uma administração separada, a quem pertence senão às assembleias, sob proposta das câmaras, regular as questões concernentes ao trabalho, suspensão dele no dia de descanso, número de horas segundo as idades, higiene das oficinas, e polícia da indústria e comércio? Não o permite, porém, a centralização atual; e de fato não há administração separada, nem as províncias se governam por si mesmas. Cargos e funções, negócios municipais ou interesses provinciais, tudo lentamente foi absorvido na monstruosa jurisdição central.
Desse trabalho perseverante apenas dão mui ligeira ideia os exemplos que citamos. Muitos outros e mais graves referiremos ao tratar de obras públicas e impostos (71)Nota do Autor; ver-se-á então que, ainda depois de mutilado o ato adicional, não cessara, todavia, a tarefa das consultas e avisos.
É deplorável que o próprio autor dos Estudos práticos, que com tanto acerto afasta-se algumas vezes das exagerações do conselho de estado, siga muitas