A Província - Estudo sobre a descentralização no Brasil

entrou ainda na órbita do mundo civilizado. É o que atesta a frequência das escolas primárias. Considerável apenas na população de origem germânica de S. Leopoldo (Rio Grande do Sul), D. Francisca (Santa Catarina) e Petrópolis (Rio de Janeiro), essa frequência mal atinge à média de 1 aluno por 90 habitantes em todo o império. Compare-se este sinistro algarismo (132)Nota do Autor com o de alguns dos Estados Unidos, onde a média é de 1 por 7: nem se esqueça que, se na própria capital do império, há apenas um aluno por 42 habitantes, das vinte províncias há sete onde a proporção é superior a 1 por 100, e há mesmo uma (o Piauí) onde excede ainda a 1 por 200. Só na Sicília dos Bourbons ou nas steppes da Rússia se encontrariam algarismos equivalentes! A mais rica e mais densamente povoada das nossas províncias, o Rio de Janeiro, onde mal se conta 1 aluno por 100 habitantes, acha-se muito abaixo de uma ilha de negros, a Jamaica, que conta 1 por 13, e cujo porvir asseguram seus inteligentes esforços pela educação da descendência dos emancipados (133)Nota do Autor.

Quais serão os destinos do nosso sistema de governo, que deve assentar na capacidade eleitoral, se perpetuar-se o embrutecimento das populações, engrossado pela corrente de proletários de certa parte da Europa? Que sorte aguarda a nossa indústria agrícola,

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