A Província - Estudo sobre a descentralização no Brasil

ce aos jovens destinados à grande indústria nacional, que ali se aperfeiçoa incessantemente, a agricultura (149)Nota do Autor.

Não menos úteis e urgentes parecem as escolas de minas, e, todavia, mais de uma província possui tesouros imensos que apenas aguardam uma indústria menos imperfeita e um trabalho mais inteligente.

Tudo nos falta, de tudo carecemos neste ramo principal dos interesses sociais, a instrução do povo.

Ao invés das tendências do século, o que possuimos nós? Escolas de abc, estas mesmas raríssimas, sem edifícios próprios, sem mobília e utensis, e, pior que tudo, sem mestres idôneos: e, fora disso, algumas aulas de latim espalhadas aqui e ali.

Estudos clássicos, estudo das línguas mortas, não é o que necessitamos mais: haja liberdade de ensino, e não faltarão colégios particulares, onde as classes abastadas mandem educar e aperfeiçoar seus filhos no gosto da antiguidade. Demais, é um erro manifesto confundir o ensino clássico com essas imperfeitas e insuficientes aulas de latim, onde nem se aprende a língua de Cícero, e muito menos se estuda a grande literatura do século de Augusto. Para a maior parte dos moços, as versões e comentários dos intérpretes modernos bastam a revelar o gênio das letra antigas. Se isto não constitui literatos e eruditos de profissão, também não foi preciso mais para preparar poetas como Béranger, escritores como Rousseau, nem o será para inspirar o gosto e formar o coração

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