muitas das faculdades que exercem nos dous estados do baixo-Reno. Após a revolução de 1848 a Áustria, aniquilada por uma centralização impotente e odiosa, quis restaurar as antigas liberdades dos municípios do Santo Império, e cometeu altas funções a corporações provinciais. Mais longe ainda deveram arrastá-la as desgraças do seu governo obcecado: depois das calamidades de 1859 e 1866, toda questão, para o império austríaco, consiste no modo de assentá-lo sobre a base federal; hoje cada parte componente da monarquia tem uma assembleia quase soberana; e a dieta húngara é soberana (8)Nota do Autor. Transitória de certo é a unidade administrativa que proclamou-se em Itália com a unidade política; o futuro pertence à ideia do projeto que dividia a península em regiões quase confederadas. Finalmente, não se pode esquecer que, derrubando o trono dos Bourbons, a Espanha, onde as províncias recordam com orgulho os seus foros de reinos, pede um governo federal como expressão fiel da liberdade restaurada.
Resta, sem dúvida, a França no campo adverso; e este só exemplo agourenta a alegria do espetáculo que tantos povos oferecem. Mas é a França acaso fiel aos seus primeiros amores, à tradição desse poder ilimitado de que são representantes históricos Richelieu e Napoleão? Lá, iam buscar tristes conselhos os inspiradores e os adeptos da monarquia centralizada; mas, nós o esperamos, é ela agora que vai fornecer-nos, neste e outros assuntos, o meio seguro de determinar o curso das ideias novas.