a força elétrica da centralização, sem encontrarem resistência em parte alguma.
Não é aspiração de um escritor isolado, nem se circunscreve a um só partido: a essa transformação do governo interno da França associou-se um homem eminente, o Sr. Odilon Barrot (10)Nota do Autor, e as mesmas ideias partilha o elegante publicista, Sr. Prevost Paradol (11)Nota do Autor: para caracterizar a sua doutrina, basta lembrar que, a exemplo dos Estados Unidos, ambos propõem que pelas assembleias regionais sejam escolhidos os membros do senado.
O movimento prossegue: das teorias passa à prática governamental. Para defender parte de seu imenso poder, cede Napoleão alguma cousa ao espírito liberal; tais são pelo menos as tendências da política anunciada ao novo parlamento (12)Nota do Autor. Rende-se indefesa a centralização naquele país justamente onde ela fora, mais do que um fato legislativo, uma teoria política, uma paixão nacional. Doravante, os adversários do mais deplorável sistema administrativo encontrarão, nas reformas incetadas em França, valiosos argumentos contra o resto de obstinados, que ainda rodeiem o ídolo do cesarismo no período de seu irreparável declínio