A Província - Estudo sobre a descentralização no Brasil

CAPÍTULO III

A CENTRALIZAÇA0 E AS REFORMAS

Se na França, onde o gênio nacional fundou através dos séculos uma verdadeira e indisputada capital, realçada pelas ciências, pelas artes, pelas letras, pelos homens ilustres que de lá influíram na civilização do mundo; se aí mesmo descobre-se agora a causa de tantos desastres, como havia o Brasil de incetar uma obra que a experiência condenara na terra de que essa empresa podia prometer-se o êxito mais lisongeiro? Debalde a reforma, que pelo seu caráter radical, como soe acontecer, só uma revolução poderá realizar, debalde a reforma de 1834 tentou confederar as províncias brasileiras. De tamanha obra o que resta? Amputada na parte política, tem sido a pouco e pouco transformada em lei administrativa. Assim, depois de rápido eclipse, consolidou-se a centralização no Brasil, enquanto o resto da América experimentava ou fundava instituições de mui diversa natureza.

Recusam, todavia, reconhecer esse vício europeu em nossa administração, aqueles que a comparam com a mais exagerada das organizações do mesmo gênero, o sistema francês. Certo não se encontra aqui inteiramente o tipo administrativo da França,

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