Julgais unir estreitamente a comunhão brasileira, apertando-a com os vossos regulamentos, e sufocando-a na papelada das vossas secretarias? Engano manifesto! Estais, sem dúvida, estais preparando a obra, talvez fatal, da dissolução do império.
Vede o Norte. É nome vão apenas depois que vossas leis e vossos procônsules arregimentaram as coortes pretorianas do absolutismo dissimulado; pois bem! Ele passará a ser depressa uma realidade tremenda. Basta-lhe computar suas forças, e pesar friamente os benefícios e os encargos da união.
Aumentam cada ano as prósperas receitas das onze províncias setentrionais: da Bahia ao Amazonas entram nos cofres nacionais 36.000 contos; mas somente 15.000 nelas se despendem, ou no Rio de Janeiro e em Londres, com serviços realizados em cada uma ou que a todas as onze interessam. Os 21.000 contos restantes desde já promoveriam o desenvolvimento material e moral do Norte, se não fossem absorvidos pelos juros da dívida pública e pelo custeamento da administração central. Até o último ceitil paga o Norte, que aliás geralmente se reputa na dependência do Sul, a cota que lhe cabe na despesa dos serviços nacionais, sem nada restar ao tesouro do império, antes o auxiliando com uma soma líquida considerável, pouco inferior a 7.000 contos este ano (213)Nota do Autor
Para avaliar, porém, de resultado tão lisongeiro a essa parte do Brasil, atenda-se que na despesa propriamente nacional figuram verbas exageradas, figura o luxo da administração montada com funcionalismo excessivo, clientela dos homens políticos da capital,