figura o serviço de dívida acumulada pelas guerras do Prata e Paraguai.
Certo, cumpre reconhecê-lo, não é duvidosa a vantagem da união pelo lado da grandeza e da força; mas, sob o ponto de vista financeiro, se deve confessar que a separação é indiferente. Outras questões hão de surgir, outros interesses hão de inclinar a balança, e decidir dos destinos da nossa nacionalidade.
Mui graves são essas questões e tão patentes, que mal avisado fora tentar velá-las. Resolutamente as encaremos, pois, se buscamos a verdadeira solução da dificuldade, o meio seguro de restabelecer o equilíbrio, consolidando a integridade do Brasil.
Desde o primeiro reinado, guerras com as repúblicas vizinhas dizimam a população do Norte, convertendo-o em viveiro de recrutas do exército e armada, e impõem-lhe o sacrifício permanente de dívida avultada, na qual só é moralmente solidário de quantia mínima, a dívida da independência. Entretanto, sem colherem vantagem da preponderância ou intervenção em negócios do Prata, que lhes não importam diretamente, senão como parte integrante do império, as províncias do Norte sabem que nunca envolveram o Brasil em guerras externas, e nas civis não foram mais abundantes que o Sul.
No vale do Paraíba (Rio de Janeiro, S. Paulo, Minas) concentra-se um milhão de escravos. Outrora, os interesses da sua grande propriedade procrastinaram a repressão do tráfico, humilhando a nação inteira e corrompendo um governo em que influíam os Crésos, negreiros da capital: hoje, esses mesmos interesses adiam indefinidamente as medidas abolicionistas da escravidão, e repelem até as indiretas. No Norte, porém, várias províncias quase não possuem