Um varão da República: Fernando Lobo. A proclamação do regime em Minas e sua consolidação no Rio de Janeiro

"partidário que outra era a rota republicana, e jamais essa disforme e esfarrapada bandeira da extinta "junta do couce".

No manifesto de apresentação de sua candidatura (21 de dezembro de 1885), há algumas razões de ordem democrática, uma das quais é curioso recordar como lição do que veio depois:

"Considerando que a razão, por alguns apresentada, - de ser a forma republicana fonte perene de revolução armada, - não prevalece entre nós, porque a história tem evidenciado que a revolução, quando não é efeito necessário da tirania, é a convulsiva expansão da índole atrabiliária de um povo, como sucede com os países de origem espanhola".

Na plataforma eleitoral, fez Americo Lobo longa exposição de suas doutrinas democráticas. Também foi dele um trecho que mostra a repetição de certos aspectos de nossa vida financeira dissipadora, oportuna também quando o judeu passa no mundo pelo que vemos:

"Aludi em minha circular à esfinge e não há casa no Brasil que me incuta tanto pavor como aquela em que está semissoterrada numa aluvião de papel moeda, à Rua do Sacramento.

A esfinge ameaça dali devorar os Ministérios, as situações, o Império e a nação, com só esta melopeia: ouro! ouro!

E longe do olhar para o deserto, crava os olhos no nobre Senhor Ministro da Fazenda, ordenando-lhe imperativamente que produza moeda no vácuo".

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