Um varão da República: Fernando Lobo. A proclamação do regime em Minas e sua consolidação no Rio de Janeiro

os homens da primeira se educaram na escola da política imperial, sã de costumes, a cuja sombra a inexperiência republicana ia fazer, até com homens do velho regime, seus primeiros passos.

Havia em todos os chefes republicanos a preocupação do presidencialismo e da federação; ela ia vingar na Constituição de 24 de fevereiro e, sob a ameaça da volta da monarquia, era sua revogação que se temia. A federação tinha que vir, estava na linha do destino, embora redundasse para muitos Estados, - a profecia de Pedro II cumpriu-se nessa parte, - na falência financeira e na oligarquia. Quanto ao presidencialismo, não teria andado mal o país quebrando sua linha tradicional, para enveredar por um sistema que, conduzindo à onipotência do poder central, só teria como válvula de escape o motim e a revolução? Há certa procedência na pergunta uma vez que a política, no parlamentarismo, girava em torno do gabinete, com salvaguarda do Chefe da Nação, pela luta dos partidos; e desaparecido o parlamentarismo, estes se esvairiam na sombra.

Como quer que fosse, a autonomia regional, por tanto tempo sonhada e afinal obtida, ia mostrar-se suspicaz, logo depois, contra a autoridade central, fiscalizando, quando não combatendo o órgão provisório de sua ação. As constituintes estaduais, a nacional, olhariam para essa questão como uma das mais graves. Em Minas Gerais ocorreu, a esse respeito, uma das mais interessantes fases do novo regime, com a luta, que logo se travou, entre Ouro Preto, a capital política, de tradição

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