Um varão da República: Fernando Lobo. A proclamação do regime em Minas e sua consolidação no Rio de Janeiro

conservadora para não dizer monárquica, e Juiz de Fora, o maior centro de vida industrial e de população do Estado ciosa de suas credenciais republicanas; ou, nos personagens que as representavam, Cesario Alvim e Fernando Lobo.

Vinha Cesario Alvim das lutas da monarquia, com projeção no governo provincial e no parlamento, onde mostraria, numa de suas questões mais candentes, a das popelinas, temperamento combativo. Havia ficado também célebre sua adesão ao credo republicano, quando, alguns messes antes da República, declarou abandonar o gabinete liberal que "entendeu enrolar a bandeira do partido que era a federação e arvorar novo estandarte, que só podia ser empunhado pelos adversários. Vai lutar, concluía, em campo mais adiantado, vai adiante dos seus correligionários, deixa os seus antigos companheiros, para consagrar-se à causa da democracia e da República". Comprazendo-se no combate, a imprensa era para ele um dos melhores meios de defesa como homem público; e a ela recorreria frequentemente.

Fernando Lobo, ao contrário, não tinha nome nacional; havia trabalhado discretamente, conforme seu feitio, pela República, e nunca se explicaria de público. Mas representava a desconfiança local contra a ação central, personalizada no outro, que, apesar de mineiro e civil, como se diria depois, não se considerava "histórico", apesar de suas campanhas liberais, desde os bancos acadêmicos, em São Paulo, até às colunas da Tribuna Liberal, ninho das glórias do partido desse nome no Rio, já às portas

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