nos primeiros tempos do século XVI, a produção da Madeira e de São Thomé já ultrapassava em muito a espanhola. Mas, parece que foi a partir de 1560 que lhe coube também a ascendência na produção do açúcar americano, com a sua colônia brasileira.
Estabelecida com o governo central uma maior segurança para o trabalho, procurou o próprio governo português fomentar o desenvolvimento da indústria no Brasil. Assim, na capitania real de São Salvador, estabelecia-se a isenção de impostos por dez anos para os engenhos que ali se construíssem e eram outorgados, mais tarde, privilégios de nobreza e impenhorabilidade aos senhores de engenho. Isso não impediu, porém, que, para defender o produto da Madeira, ameaçado com as baixas provocadas pelo afluxo do brasileiro, fosse sobre este criado um imposto de 20%.
Foi a iniciativa particular que caracterizou o desenvolvimento da indústria. Cooperando com os esforços dos donatários, negociantes portugueses adiantavam dinheiro aos colonos para montagem de seus engenhos, e outros se associavam com os respectivos senhores. Muitos colonos de menos posses arrendavam terras próximas e recebiam de seus proprietários pagamento em açúcar pela cana que lhes entregavam. Na Bahia, o governador estabelecia um lagar, para serviço dos colonos, numa verdadeira cooperativa; muitos deles conseguiram assim a sua independência, montando a seguir os seus próprios engenhos.
A primeira evolução do fabrico já se havia processado nas ilhas portuguesas, que funcionavam, no dizer de Victor Vianna, como estações experimentais para as terras brasileiras. (1)Nota do Autor
Os primeiros engenhos à mão, as alçaprensas, utilizados nas ilhas, foram aí sendo substituídos por engenhos