Valor da exportação colonial
Do quadro e gráficos que organizamos tiram-se conclusões surpreendentes em relação à economia brasileira. Apesar das considerações que justificam a alta produção no século XVII, reduzimos nesses gráficos de 50% os maiores números indicados no quadro, limitando a 2.100.000 arrobas a máxima exportação.
Considerando ainda que os preços aí registrados são para o melhor açúcar produzido e atendendo-se a várias outras causas de possíveis erros, fizemos para o cômputo de nossas conclusões uma redução geral de 25%. Chegamos, assim mesmo, a um valor, para os três séculos do período colonial, superior a 300 milhões de libras e, para o século XVII, de cerca de 200 milhões de libras, não incluindo o açúcar produzido para o consumo local. Verifica-se, pois, que o ciclo do açúcar produziu em valores, para o Brasil, mais do que o da mineração, que está avaliado em menos de 200 milhões de libras.
O açúcar brasileiro dominou o comércio do produto entre 1600 e 1700, como já registrava Barlaeus na obra que escreveu, em 1660, e numa época em que era o mais importante artigo do escambo marítimo internacional. Não existiam ainda os grandes transportes de cereais, combustíveis, artigos manufaturados e metalúrgicos, não havia surgido a revolução industrial.
A devastação das matas com a cultura da cana, corte para lenha e fabrico de caixas foi por tal forma intensa (17)Nota do Autor que o governo português, para que não houvesse