D. Sebastião, em 1570, restabeleceu a liberdade, limitando a escravização aos que fossem aprisionados em guerras ordenadas por El-Rei ou pelo governador. Mais tarde, a estenderam aos índios da corda, assim chamados os que, aprisionados pelos seus semelhantes e amarrados, à espera do sacrifício, eram resgatados pelos portugueses.
Já era usual a escravização dos indígenas aprisionados em guerras punitivas. Como exemplo desse hábito, registra a história a grande abundância de escravos que chegaram, no tempo, a ser exportados de Pernambuco para a Bahia, logo após ter sido devorado o Bispo D. Pedro Fernandes Sardinha... É que os convivas tinham sido os caetés; e toda a tribo pagou, com o cativeiro, tão augusto repasto.
Teremos ensejo de verificar, examinando os trabalhos das missões jesuíticas no norte e sul, as várias flutuações da legislação e a maior ou menor obediência dos colonos portugueses, de conformidade com as condições econômicas do momento. No norte, tivemos um sistema de contratos entre colonos e as missões, para a utilização periódica de turmas de indígenas nos serviços de produção e em condições muito mais humanitárias que a célebre organização da mita, a conscrição para o trabalho obrigatório, na América espanhola, nos séculos XVII e XVIII. Foi Pombal, porém, quem fez decretar e respeitar a liberdade definitiva dos índios, pelas leis de 1755 e 1758.
Número de escravos importados
A escravidão negra tomou impulso no século XVII no período áureo da indústria açucareira no Brasil. Não que atingisse as cifras extremamente elevadas admitidas por alguns notáveis historiadores. De fato,