História econômica do Brasil; 1500-1820

a produção de 200 gramas de ouro para homem ano, no século XVIII.

Teríamos, portanto, como escravos usados na mineração, no período colonial, adotando-se o mesmo padrão, vida média de sete anos, e supondo uma produção geral de 1.200.000 quilos, um total de 860 mil, dos quais 600 mil ou dois terços seriam importados. Os utilizados nas explorações diamantíferas não alterariam praticamente esses números, estando incluídos em nossa avaliação em conjunto com a mão-de-obra utilizada em outros misteres.

O café só começou a aparecer, como valor nacional apreciável, em 1820. Em 1850 a sua exportação estava representada por cerca de 1.500.000 sacas, menos de seis milhões de arrobas. A exportação total, no período em que havia tráfico africano, não atingiu a 150 milhões de arrobas. A produção anual média por escravo deveria ter sido superior a cem arrobas. O café não é responsável, portanto, pela importação de mais de uns 250 mil escravos.

Alinhemos os números:

Açúcar 1.350.000

Mineração 600.000

Café 250.000

A acrescentar a esses algarismos, temos a escravaria trazida para a mineração dos diamantes, cultura de fumo, algodão e produtos alimentares. Para os serviços domésticos e para as empresas comerciais, a importação só avultou no começo do século XIX, quando a população da colônia teve forte aumento, e, principalmente, depois de 1830, em que houve um pronunciado esforço para o incremento de várias produções. Vamos supor que todos estes serviços absorvessem