Estabeleciam-se, assim, as correntes comerciais de gado pelo interior do Brasil, funcionando a zona de mineração como um providencial elo de interesses econômicos, unindo, pelo sertão, os homens do norte, do centro e do sul.
Foi essa mineração que também provocou o rápido crescimento da população brasileira, que, em um século, decuplicaria.
Com a ocupação definitiva da capitania de São Pedro e dos campos da colônia do Sacramento, registrou-se ainda um fato, que bem demonstra a relevância dos fatores econômicos. Devido ao clima, aos pastos e às facilidades de locomoção, o gado se desenvolveu nos campos do sul ainda mais facilmente do que no norte. O preço da carne, na costa nordestina, sempre foi elevado. (19)Nota do Autor
Tal circunstância permitiu o desenvolvimento das indústrias de charque nas regiões sulinas para o suprimento, por via marítima, das populações litorâneas do centro-norte brasileiro. No norte, já era conhecida a carne de sol, carne seca ou carne de vento, particularmente nos sertões do Ceará. Passaram a consumir em grande escala a carne de charque, preparada com sal e de maior duração que aquela.
As leis econômicas foram, assim, delimitando, dentro das fronteiras brasileiras, as zonas de preponderância de gado e de melhor carne bovina. As dificuldades de transportes e o aumento de população promoveram, também, a fundação de fazendas de criar nas capitanias de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, regiões