Preparo e exportação
Roland de La Platière, em interessante trabalho publicado em Paris, em 1790, faz uma análise dos processos de criação de bovinos no Brasil, da preparação e comércio de couros aqui e no Prata.
Acentua que os couros do norte eram de preferência salgados, enquanto que os do sul, Rio de Janeiro e Buenos Aires eram secos, influência talvez da carência do sal no sul.
Para secá-lo, depois de retiradas as patas, parte da cabeça e rabo, era o couro limpo, esticado, estaqueado e exposto ao sol. O seu preparo requeria cuidados especiais, visando à uniformidade na espessura e o aproveitamento da maior área; para transportá-lo, dobravam-no ao meio, no sentido do maior comprimento; os couros salgados eram dobrados pelo lado interno e empilhados.
Da Bahia e Pernambuco, exportavam-se também atanados de vacas e vitelas, principalmente para a Itália.
La Platière acha que no Brasil se curtia mal, empregando-se matéria-prima inferior. Elogiava a cola forte, feita na Bahia, com os resíduos dos couros.
Em Portugal consumia-se o couro verde, sendo dali reexportado o brasileiro.
Couros secos
Dos secos, eram mais estimados os de Buenos Aires, melhor talhados e preparados; tinham o pelo uniforme, ausência de furos no pescoço e cabeça de pequeno tamanho. Esta última circunstância era