valiosa, e explicava a desvalia de certos couros; é uma parte que curte mal, e o couro, era vendido a peso.
O seco era, no entanto, atacado por um inseto, a polilha, que morre nos climas frios. Oferecia ainda o risco de aparecer com furos, quando submetido ao banho de cal para perder os pelos: atribui-se tal defeito à possível fervura ao sol de bolhas de sebo impregnadas no couro e que o destruía nesses pontos.
Rouen, Amsterdã e Flandres eram os principais mercados para o artigo.
Rouen, porto distribuidor para a França, procurava peças de 32 libras (15 quilos). Amsterdã e Flandres preferiam-nas mais leves, de 27 libras, tendo em vista menor capital de movimento na exploração dos curtumes.
Valiam nessa época os couros secos, em Lisboa:
peça na base de 32 quilos a 65 réis por libra 2.080 réis;
frete do Brasil 260 réis;
despesas de embarque 140 réis.
Total 2.480 réis.
Couros salgados
Nessa espécie, os mais afamados eram os de Pernambuco. Procuravam-se os mais pesados, bem descarnados, sem patas compridas, bem espessos e de bom pelo. Negociavam-se por peças, sendo a Itália, Flandres e Holanda os seus melhores mercados. Em Rouen, consumia-se pouco desse artigo, do qual exigiam o peso mínimo de 31 libras.