Seu preço, no Brasil, era de:
2.300 a 2.400 réis, peça de 31 a 32 libras.
Em Lisboa:
valor posto a bordo em porto brasileiro 2.350 réis;
frete 260 réis;
despesas de reembarque 160 réis.
Total 2.770 réis.
Os couros secos eram mais baratos pela maior abundância oriunda da criação argentina. Os salgados, quase só brasileiros, tinham menor produção. Havana oferecia couros salgados de pior qualidade que os brasileiros.
Do Brasil se exportava muito couro seco pelo porto do Rio, originário, em boa parte, do Rio Grande.
La Platière atribuía ao Brasil uma exportação anual de cem mil peças. É pouco. O balanço do comércio do reino de Portugal, para o ano de 1777, que a Biblioteca Nacional possui, em manuscrito, (1.13.2.52) acusa uma exportação de 288.069 peças, valendo acima de 561 contos de réis, ou sejam, mais de £150.000. Já mencionamos uma exportação de cerca de 200 mil peças em 1759.
Seja como for, não será exagerado avaliar-se em mais de £100.000 anuais a exportação do couro brasileiro durante o século XVIII.
Computando-se o consumo de carne no país, o uso do gado bovino como elemento trator, o largo emprego industrial do couro e os aspectos sociais e políticos decorrentes da atividade pecuária, compreende-se o valor da contribuição anual e permanente dessa exportação